terça-feira, 24 de maio de 2016

DESCOMPASSO

DESCOMPASSO

O dia passa. Notícias. Cansaço.
Sons da cidade em uma música estridente.
Não estou contente. Nem triste. Não passo.
Nenhum passo, nem um tom sorridente.
Nenhuma dança. Da mudança, descompasso.

Os vícios voltam. Do cigarro, um maço.
Os bons da cidade permanecem silentes.
Displicentemente. Subservientes. Sem traço.
Nenhum passo, nem um som ascendente.
Sem qualquer mudança. Da dança, descompasso.

Em outro sideral espaço, eu passo.
Abraço o verso devasso
Amasso o descompasso
E passo.

(5 de maio de 2016)

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